Novos vídeos mostram acidente que matou Kauã Guedes; motorista tinha droga e álcool no veículo
24/06/2025
(Foto: Reprodução) Jovem de 18 anos morreu atropelado por motorista em alta velocidade em Fortaleza. Imagem é forte. Nova imagens mostram acidente que matou Kauã Guedes
Novas imagens, às quais o g1 teve acesso nesta terça-feira (24), mostram outros ângulos do acidente que matou o jovem Kauã Guedes, de 18 anos. O condutor do carro que causou o acidente é o empresário Rafael Elisário, que conduzia o veículo em alta velocidade. No interior do carro havia drogas, álcool e psicotrópicos. As imagens são fortes.
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Kauã havia acabado o ensino médio e estava estudando para concurso. Além disso, trabalhava em uma confecção com a mãe e era uma das principais companhias dela durante o tratamento que a mulher está fazendo contra o câncer.
Kauã Guedes, de 18 anos, que morreu após ser atropelado por um empresário em um carro em alta velocidade, estudava para concurso e trabalhava com a mãe um confecção.
Arquivo pessoal
O acidente que levou Kauã a morte ocorreu na noite da última quarta-feira (18), no cruzamento da Rua República do Líbano com a Rua Osvaldo Cruz, no Bairro Meireles, quando o jovem retornava de uma lanchonete de moto, levando um amigo.
Com o impacto, o garupeiro Igor Lima, de 23 anos, amigo de Kauã, foi arremessado, quebrando a perna e os dois braços. O sobrevivente está hospitalizado, sem previsão de alta.
Já Kauã, foi arrastado e ficou na parte de baixo do carro, que ainda bateu em uma árvore e subiu uma calçada. O jovem foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Na picape conduzida por Rafael Elisario, a polícia encontrou latas de cerveja, papelotes de cocaína e comprimidos psicotrópicos. O empresário ficou detido por algumas horas, mas foi solto após passar por audiência de custódia e pagar fiança.
Novo vídeo mostra acidente que matou jovem Kauã Guedes, de 18 anos, em Fortaleza
TV Verdes Mares/Reprodução
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Motorista foi solto ao pagar fiança
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Testemunhas relataram à Autarquia Municipal de Trânsito de Fortaleza (AMC), o veículo de Rafael Elisario, um Ford Ranger vermelho, estava em alta velocidade e avançou a preferencial, momento no qual atingiu a moto de Kauã. O momento do atropelamento foi captado por câmeras de segurança. (Assista ao vídeo acima)
Em um vídeo feito após o acidente, testemunhas relatam que Rafael estava sob efeito de álcool. Na gravação, ele reconhece que havia bebido, mas nega ter dirigido em alta velocidade. "Eu sei, mas estava devagar", responde Rafael a uma mulher que diz que ele tinha "bafo de álcool".
Rafael Elisario estava em veículo que atropelou e matou jovem de 18 anos em Fortaleza
Reprodução
Na sequência, o empresário é rebatido por outra testemunha. "Você veio como um louco, você quase bateu em mim, só não bati em ti porque eu desviei. Estávamos eu, minha mulher e minha filha no carro", retrucou a outra testemunha.
O empresário foi preso e levado ao 2º Distrito Policial. Na delegacia, ele recusou a fazer o teste de bafômetro e ficou em silêncio durante o depoimento à polícia. O homem foi autuado em flagrante por lesão corporal culposa no trânsito.
Rafael Elisario (imagem acima) estava no veículo que atropelou e matou Kauã Guedes (imagem abaixo), de 18 anos
TV Verdes Mares/Reprodução
Rafael passou por audiência de custódia, na qual o juiz de plantão avaliou que o empresário tinha bons antecedentes, era réu primário e não respondia a outros processos. O Ministério Público do Ceará (MPCE) se posicionou favorável à soltura dele.
A Justiça, então, determinou o pagamento da fiança de dez salários-mínimos, cerca de R$ 15 mil, e Rafael foi solto.
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Reprodução
A defesa de Rafael Elisario afirma que a soltura dele foi "pautada na legalidade e na ausência de qualquer elemento que justificasse a imposição de prisão cautelar".
"O sr. Rafael possui endereço e profissão conhecidos. A defesa indica que seu cliente permanece à disposição da Justiça e contribuirá com as investigações para o total esclarecimento dos fatos", afirma o advogado João Victor Duarte.
A soltura de Rafael foi criticada pela irmã de Kauã, a autônoma Brena Silva. "Não foi fatalidade, fatalidade é quando você sai de casa, você vem no limite permitido de velocidade, você atropela e para para dar socorro, isso é uma fatalidade, mas isso [que aconteceu] foi um assassinato porque ele atropelou o Kauã, arrastou o Kauã, viu o jeito que o Kauã tava e saiu", disse.
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