Reta final para o Enem: saiba como revisar e organizar os estudos da melhor forma
29/08/2025
(Foto: Reprodução) Revisão direcionada, simulados realistas e equilíbrio emocional são os diferenciais para chegar confiante na prova
getty images
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é a principal porta de entrada para o ensino superior em universidades públicas e para programas de auxílio estudantil. Em 2025, o ENEM acontecerá nos dias 9 e 16 de novembro. Com a proximidade da prova, muitos estudantes se perguntam o que revisar e como organizar os estudos na reta final.
Para a coordenadora pedagógica da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Lions Jangada, Patricia Viana, a prioridade deve ser consolidar o que já foi aprendido, já que o ENEM é uma prova que reflete tudo que foi estudado do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. “Faltando pouco tempo, aprender assuntos novos ou assuntos em profundidade não é estratégico, pois isso pode gerar mais ansiedade do que resultados concretos”, comenta.
A coordenadora reitera que o ideal é focar nos conteúdos mais cobrados, identificar seus pontos fracos para revisá-los e praticar muito com questões comentadas para internalizar padrões de cobrança.
“Aprender novos temas pode até acontecer, mas de forma pontual e estratégica: apenas se o assunto for muito recorrente na prova e se o estudante tiver uma base mínima para absorver o conteúdo com segurança”, completa.
Coordenadora pedagógica da EEMTI Lions Jangada, Patricia Viana
arquivo pessoal
Técnicas de estudo e rotina personalizada são essenciais
Patricia afirma que existem diversas técnicas de estudos, como resumos, mapas mentais, resolução de provas anteriores e simulados. “As técnicas mais eficazes agora são aquelas que simulam o ambiente real da prova e consolidam a memória de longo prazo”, explica.
Ela destaca a resolução de provas anteriores como uma das etapas mais importantes. “O Enem tem um padrão próprio de linguagem e raciocínio. Treinar com provas reais ajuda o estudante a desenvolver resistência física e mental, além de entender os tipos de questões que mais caem”, afirma.
A coordenadora também destaca a importância de possuir uma rotina de estudos própria, segundo ela cada pessoa “funciona” e se adapta de maneira diferente. Ela recomenda começar com um diagnóstico: “o estudante deve fazer um simulado para entender onde estão suas maiores dificuldades e montar o plano de estudos com base nesse resultado”.
Outro ponto citado por Patricia é não concentrar disciplinas “pesadas" em sequência. Intercalar Matemática com Redação ou Biologia com Literatura, por exemplo, pode deixar os estudos mais leves.
Aliados e inimigos nos estudos
No momento de reta final, diversos fatores podem ser aliados aos vestibulandos, assim como muitos podem ser inimigos também. Patricia Viana destaca as plataformas “Estratégia” e “Stoodi” como ótimas ajudantes para treinar competências específicas. Aplicativos de cronômetro e foco também podem ser grandes auxílios para manter a concentração, como o “Pomodoro Timer”.
Já entre os inimigos destacam-se: acúmulo de materiais sem priorização, estudo passivo apenas com videoaulas e excesso de redes sociais. Porrém, talvez o fator mais perigoso, seja a comparação constante com colegas. “Cada estudante tem um ritmo próprio. Comparar resultados só aumenta a ansiedade. Você é único, e isso é o mais importante”, afirma a coordenadora.
Estudo inteligente, não exaustivo
Existem diversos estudos que indicam que a pressão sofrida em épocas de vestibular podem ser prejudiciais aos estudantes, desencadeando distúrbios psicológicos, como ansiedade, depressão e burnout. “Não existe bom desempenho sem saúde emocional. Na reta final, o estudante precisa aprender a estudar de forma inteligente, não exaustiva”, afirma.
Para a coordenadora, sessões de 50 minutos com 10 minutos de descanso podem funcionar melhor do que longas maratonas, ou a Técnica Pomodoro (sessões de 25 minutos com intervalo de 5 minutos). Ela também destaca que ter um sono de qualidade e ter momentos de atividade física e lazer, são essenciais para manter o equilíbrio durante a reta final do ENEM.
Por fim, ela destaca: “é importante aceitar o limite: saber que não é possível aprender tudo ajuda a reduzir a pressão. O segredo é aproveitar ao máximo o que já foi estudado”.
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